Jorge Manuel Martins
MEMÓRIAS
CRUZADAS
Para a Antonieta Lisboa
Regresso sempre
à Universidade de Aveiro com verdadeiro prazer. A última vez foi para o
lançamento do livro de homenagem a Eugénio Lisboa, grande obra
coletiva entusiasticamente organizada por Otília Pires Martins e Onésimo
Teotónio de Almeida, belamente editada pela Opera Omnia e oportunamente
patrocinada por esta Universidade (Martins e Almeida, 2011).
Concederam-me então o privilégio de integrar o grupo dos 72 autores desse
volume e de poder contribuir com um artigo sobre diplomacia cultural, a
propósito da presidência de Eugénio Lisboa na Comissão Nacional da UNESCO.
Nesse meu pequeno testemunho, fiz questão de só citar textos do homenageado,
para fugir à tentação de falar de mim.
Hoje, porém, tratando-se do primeiro volume das suas próprias memórias –
provocantemente intituladas Acta est Fabula (Lisboa, 2012) –, seja-me
permitido quebrar tal protocolo e cruzar algumas das minhas memórias pessoais
com as deste autor. Por uma simples razão: somos amigos há quase quatro décadas
e só esse facto explica o convite, tão inesperado quanto honroso, para estar
aqui.
Antes de avançar, devo fazer um
aviso e uma declaração de interesses. Não sou crítico literário e, como
sociólogo da comunicação e da cultura, desconfio da investigação assética.
Mais: tenho alguma dificuldade em ser isento e, no caso presente, não pretendo
de todo ser isento – porque admiro muito o Eugénio Lisboa. Tanto, que faço minhas
as célebres palavras de Romain Rolland, então endereçadas a Henry de
Montherlant: «o mundo é mais rico para mim desde que o conheço».
Afinal, que venho eu aqui fazer?
Nunca fui a Moçambique e sou (um pouco) mais novo do que o autor destas
memórias. Além da amizade, só posso explicar ainda a minha presença, neste
lançamento, com o facto de vir dedicando, à sua obra, ao longo dos anos, toda a
atenção de que sou capaz. Julgo ter sido D’Annunzio a recordar-nos que a melhor
homenagem, que podemos prestar a um autor, é justamente a atenção.
Armado destas credenciais e
sabendo-me numa universidade, venho aqui propor um modelo de análise para a
identificação de chaves de leitura deste singular livro.
Dir-me-ão – e bem – que a escrita de Eugénio Lisboa não carece de chaves
de leitura. Ele sempre praticou a clareza própria dos pensamentos
profundos, a limpidez típica de quem pensa bem. Suspeito, porém, que a leitura
do presente livro, à luz de uma obra produzida em mais de meio século, pode ser
altamente reveladora.
Em que baseio tal suspeita?
Possuindo quase todos os seus livros publicados – sempre em generosa oferta e
calorosamente dedicados –, consegui agora regressar rapidamente às páginas que
mais me impressionaram. E encontrei muita matéria de interesse para ser cruzada
com o atual primeiro volume de memórias – enquanto não chegam os
próximos...
Não, não estou a propor um modelo de
tipo psicanalítico. Estou tão-só a tentar aliciar investigadores para uma
revisitação da obra do autor e, a partir de tal retrospetiva, para uma leitura
das suas memórias. Como veem, é bem ambicioso o modelo de análise aqui
avançado: dá tese – e de doutoramento! Não será esta a oportunidade para
ensaiar o modelo. Aliás, faltar-me-iam o engenho, a arte e o tempo para
concretizar tão grandioso objetivo. Por hoje e a título de exemplo, vou
cingir-me à enunciação de cinco meras hipóteses de trabalho, eventualmente
operativas.
RÉGIO
A primeira
hipótese pode ser a de estudar a vasta produção regiana deste autor. Foi por aí
que eu próprio comecei, pela leitura deslumbrada de um original sobre José
Régio, que andava esquecido na editora Arcádia, até que eu o recuperei e
publiquei em 1976. Dez anos depois, a história foi contada no prefácio da
segunda edição (Lisboa, 1986) e a dedicatória pessoal acrescentava o seguinte: «Para
o Jorge Martins, a quem este livro também pertence, por razões que o prefácio
explicitamente dá». Face a tão rara generosidade, a minha surpresa ditou
uma imediata e sensibilizada resposta, que veio a ressurgir, na introdução ao
meu Marketing do Livro (Martins, 1999).
Curiosamente, nas presentes
memórias, Eugénio Lisboa relata o seu «primeiro encontro com José Régio» em
Moçambique, aos 16 anos, através da leitura do volume de abertura da saga
familiar A Velha Casa – um Régio que ele próprio «viria
a conhecer, pessoalmente, oito anos mais tarde e a cuja obra consagraria não
pouco do [seu] tempo de estudioso da literatura e de escritor» (Lisboa,
2012: 155-158).
MONTHERLANT
A segunda hipótese, para o entendimento do homem
e da obra destas memórias, pode ser o conjunto dos textos que, ao longo da
vida, Eugénio Lisboa vem dedicando a Henry de Montherlant. Recentemente, afirmou
que o escritor francês o fascina desde os 20 anos e que, por isso,
a ele regressa constantemente «como quem recarrega baterias» (Lisboa,
2009: 171).
Recordo uma conferência de 1967
intitulada 'Henry de Montherlant e a Moral do Artista'. Só a li em 1976, quando
me remeteu de Paris os dois volumes da primeira edição da Crónica dos
Anos da Peste, mais tarde reeditada num só tomo pela INCM (Lisboa, 1996) e
então saudada, num semanário, como «um dos livros mais desassombrados
na história da nossa crítica». Foi nessa conferência que descobri esta bela
confissão do nosso autor: «Montherlant, o mais pessoal, o mais
independente, o mais descaradamente verdadeiro e direto de todos os escritores
franceses do século XX (…), era bem o exemplo que me convinha», como «professor
de independência» neste nosso «mundo de escravos e de robots» (ibid.:
218). E quanto às virtudes recomendadas por Montherlant na Carta de um
Pai a seu Filho, realçava estas: «coragem, civismo, altivez,
retidão, desprezo, desinteresse, cortesia, gratidão e ‘de uma maneira geral,
tudo o que se entende pela palavra generosidade’» (ibid.: 220).
É ainda nessa conferência que
Eugénio Lisboa resume, no binómio honestidade-coragem, a moralidade do escritor
em Montherlant. E explica: «A honestidade é essencial para se não
embrulhar os resultados da lucidez. Mas a honestidade pode calar-se. Para que
se exprima é necessária a coragem» (ibid.: 240). Todos nós, que
ouvimos e lemos o nosso autor há muitos anos, percebemos assim os motivos por
que ele não se cala, mesmo quando se trata de um prémio Nobel ou de um
primeiro-ministro…
A moral do artista está primeiro.
Montherlant recordou-lhe que a «lealdade consigo próprio é a maior
marca de respeito que um escritor pode dar ao público» (ibid.:
241). Também por isso, nas presentes memórias, afirma-se que foi tomado o
partido de se dizer «só a verdade, embora não toda a verdade», até
para garantir que elas valham, como «testemunho de uma época e de um
lugar» (Lisboa, 2012: 71-72, 87, 135-136). Eu diria que essa é
exatamente uma das razões que fazem deste volume muito mais do que simples testemunho de
época e de lugar.
MUNDIVIDÊNCIA
A terceira hipótese, para cruzar
esta recente retrospetiva memorialística com as linhas estruturais do homem e
da obra, pode receber aqui o nome de mundividência. Há quatro anos, no dia do
aniversário do Eugénio Lisboa, a minha mulher e eu oferecemos-lhe um grande
livro, cheio de impressionantes fotos aéreas do planeta Terra. Quisemos assim
dizer-lhe que tínhamos aprendido, com ele, a ver o mundo… de avião.
De facto, a partir de meados dos
anos 70, para nós, acabados de sair do orgulhoso e provinciano isolamento
português, ele passou a representar alguém que trazia notícias… lá de cima.
Vinha dos fundos do hemisfério Sul (Moçambique), a caminho dos cumes do
hemisfério Norte (Suécia); trazia, na mesma bagagem, a engenharia e a
literatura, a indústria e a poesia, as ciências e as letras; e foi-se deixando
ficar entre Londres e Lisboa.
Não era de palavras cruzadas que vinha
falar: era de culturas cruzadas ou, melhor, da necessidade de esvaziar a
célebre polémica das duas culturas, aberta no final dos anos 50 por
C. P. Snow. Para ele, sempre foi natural o cruzamento dos dois campos. Tal como
Einstein era tão notável na física como virtuoso no violino, também o jovem
Eugénio triunfou tanto nas ciências como nas letras. Ele conta aqui, neste
primeiro volume de memórias, como a Matemática e a Literatura o encantavam por
igual (Lisboa, 2012: 85, 145), o que lhe valeu quadro de honra quase constante
(ibid.: 168), a média final de 18 valores e várias bolsas de estudo (ibid.:
184).
Eu diria que este autor português
teve a sorte de nascer e crescer em Moçambique. Porque – reparem nas suas
expressões – «dali, via-se a Europa» (ibid.: 71), «por
cortesia» de escritores como Balzac, Stendhal ou Thomas Mann (ibid.:
143-144). Em 17 anos de Lourenço Marques, Martin du Gard mostrou-lhe Paris,
Pirandello a Itália, Tolstoi a Rússia, Hemingway a América e, tal como tinha
acontecido a Montherlant, o celebrado autor do Quo Vadis desvendou-lhe
a Roma antiga.
CLÁSSICOS
Ao citar Roma, estamos a avançar para a quarta
hipótese, a do fascínio pela cultura clássica. Fascínio bem curioso num
engenheiro eletrotécnico, mas perfeitamente natural em quem, logo na sua
juventude laurentina, já lia Plutarco, Tácito e Platão, Ésquilo e Sófocles,
estes dois últimos por indicação do seu amigo Zeca, nada menos que o futuro
grande matemático Tiago Oliveira (ibid.: 115, 121, 123).
Fascínio também muito natural em
quem se confessa seguidor de Montherlant e lhe chama «o último romano» e «o
grande romano do nosso tempo». Para ambos os escritores, a história romana,
como «microcosmo de toda a História», é verdadeiramente «o
corrimão» onde podem agarrar-se, em momentos sombrios (Lisboa, 1996:
108-109). Deste fascínio pela cultura clássica decorrem, naturalmente, o título
deste primeiro volume de memórias, os subtítulos de vários capítulos e tantas,
tantas passagens da vasta obra de Eugénio Lisboa. E decorre também, certamente,
a «sobriedade de estilo» aprendida com a «aticidade
dos clássicos» (Lisboa, 2012: 80-81).
LIVROS
À quinta hipótese do meu modelo de análise
poderemos chamar a magia dos livros. Teve o Eugénio Lisboa a sorte de lhe
calharem grandes professores, por exemplo um que «falava dos livros com
uma espécie de volúpia, mesmo de luxúria», sendo «um prazer e uma instrução
ouvi-lo e viver com ele a magia dos livros» (ibid.: 46,49).
Teve a sorte de, na adolescência, lhe ter entrado pelo quarto adentro uma
estante com uma centena de bons livros (ibid.: 122-123) e, assim, o seu
mundo de leituras ter-se alargado.
Ali, na sua Lourenço Marques, foram «horas
inesquecíveis de descoberta», a ler «vorazmente – mas, sempre,
devagar – e com intensidade» os livros em que se revia (ibid.:
191). Lendo-os, ele diz que, «estranha e poderosamente», sentia
estar a acrescentar-se a si próprio (ibid.: 172), a ponto de se
apaixonar perdidamente pela Senhora de Rênal (ibid.: 124). Aliás, o
princípio do primeiro capítulo destas memórias são uma clara homenagem às
primeiras linhas do Le Rouge et le Noir de Stendhal. Tal como,
ao longo do presente volume, são constantes as evocações literárias dos seus
grandes autores preferidos.
Foi por causa dos livros que nos
tornámos amigos, o Eugénio Lisboa e eu, há quase quatro décadas, amizade que se
alargou logo às nossas famílias e que perdura, com outras fiéis presenças, numa
saudável e sempre divertida tertúlia prandial. Uma vez, perante uma banca de
venda de livros, atravancada de lixo com capas estridentes, desabafava ele: «Até
parece que os editores, depois de separarem o trigo do joio, só publicam o
joio».
Mais tarde, partiu o pão em
pequeninos (como gosta de dizer) e explicou-se numa entrevista (apud Martins
e Almeida, 2011: 413-420): «O que se passa é quase obsceno. E mete
medo. Entrar em quase 90% das livrarias causa náuseas: é o reino do mono-estilo,
com a promoção sistemática e despudorada do que há de pior: o pimba, o piroso,
o sensacionalão, o grande best-seller de lá de fora e de cá de
dentro. O chover no molhado: promover, a grandes custos, o que por natureza da
sua própria mediocridade já está promovido». E acrescentava Eugénio Lisboa,
com o seu proverbial desassombro: «Os grandes heróis dos editores e dos
livreiros são os senhores-da-televisão-que-também-escrevem-livros e que
despertam a concupiscência dos jovens e não tão jovens que sofrem de iliteracia
aguda e por isso gostam de comprar os livros daqueles senhores e senhoras que
aparecem muito no petit écran». Noutro local (Lisboa,
2012b), anotava ainda o crítico: «O talento umas vezes não dá dinheiro,
outras dá até bastante. (…) A falta de talento não é impeditiva de se ganhar
pequenas fortunas: os escritores televisivos que o digam».
Felizmente, ainda se registam
exceções promissoras, no campo livreiro. Uma delas, a favor do próprio autor
desta catilinária, será a Opera Omnia, chancela de Guimarães que lançou o
volume de homenagem a Eugénio Lisboa (Martins e Almeida, 2011) e acaba de lhe
editar as memórias (Lisboa, 2012). De assinalável qualidade, este objeto
editorial de 208 páginas pode ser assim descrito: capa, contracapa, impressão e
acabamento eficazes; caderno de extratextos correto; ergonomia gráfica coerente
(papel, formato, grelha, corpo e tipo de letra, entrelinhamento, brancos,
hierarquia de títulos); cabeças de página à inglesa (coisa hoje rara, pois até
a INCM se esquece delas, como pode verificar-se nos títulos que editou de
Eugénio Lisboa...). Só é pena não apresentar um índice remissivo de nomes e
lugares, que faz muita falta.
Em resumo, no presente livro, a
forma ou «encenação da escrita», como alguém lhe chamou, está bem ao serviço do
estatuto deste autor. Mas tal qualidade técnica – para a qual contribuem, em
rede social interativa, diferentes profissões do livro (cf. Martins, 2005) –
nem sempre é percebida por todos os sucessivos e diferentes clientes. Sabemos que
a sociologia considera o livro como «objeto de dupla face, económica e
simbólica, mercadoria e significação» e cada mediador como «personagem igualmente dupla,
condenada a conciliar a arte e o dinheiro, o amor da literatura e a procura do
lucro, através de estratégias que se situam algures entre dois extremos:
submissão cínica às considerações comerciais e indiferença heroica ou insensata
às necessidades da economia» (Bourdieu,
1999).
Eugénio Lisboa, com a sua
experiência de gestor cultural, também sabe. Ele próprio afirmou, aqui, na
Universidade de Aveiro: «Pessoalmente, sinto sempre uma aflita gratidão por
todos aqueles que quiseram correr, com as minhas congeminações, riscos que não estou
certo de merecer. Por isso digo, e com sinceridade o digo: não matem o editor,
ele está a fazer o melhor que sabe» (Lisboa, 2007). Já o dissera antes, no atrás citado prefácio à reedição do
seu Régio (Lisboa, 1986): «Apesar dos exemplos de gente que nos maltrata a alma
e os textos, tenho sido absurdamente feliz. O meu editor mais frequente – o
Estado – tem atuado de modo praticamente impecável».
***
Algumas outras hipóteses poderiam ser
trabalhadas, no modelo de análise aqui brevemente ensaiado para este livro de
memórias. Por exemplo: a da muita curiosidade que, logo em pequeno, o fazia «beber as conversas com
sofreguidão» (Lisboa,
2012: 22); a da dureza da vida, temperada pelo gosto do que «faz viver» (ibid.: 62-63); a da
ironia, do humor e da sátira, por certo afinadas mais tarde com o seu mestre
Montherlant; a do fascínio pelo cinema que «perdurou até hoje» (idem: 26); a da fragilidade da vida versus o prazer da escrita (ibid.: 22, 35, 69, 80-81); e até a antiquíssima dimensão
poética. Desta última eu não saberia falar, pois reconheço que tenho pouco
ouvido para a poesia.
Mas aproveito a
deixa da poesia para terminar com uma história autêntica, passada no solar de
Teixeira de Pascoaes (perto de Amarante) e transmitida por Maria José Teixeira
de Vasconcelos, sobrinha do escritor. Um dia, apareceu lá um grupo de miúdos
para uma visita à casa. Entraram no terreiro e um deles, mais afoito, galgou
logo as escadas, espreitou pela porta entreaberta e gritou para baixo: «Eh,
malta, o gajo era rico». Nesse preciso momento, a Senhora Dona Maria
José surgiu à porta e observou: «Então o menino trata o poeta por
gajo?». Meio atordoado, o miúdo ainda fez este comentário: «Ah, o
gajo também era poeta?».
Universidade de Aveiro, 17 de
Dezembro de 2012
Jorge Manuel Martins [1]
martins.jorge.manuel @ gmail.com
Publicado na RUA-L (Revista da Universidade de Aveiro – Letras), nº 1, 2.ª série, 2012, 401-408.
Publicado na RUA-L (Revista da Universidade de Aveiro – Letras), nº 1, 2.ª série, 2012, 401-408.
BIBLIOGRAFIA CITADA
BOURDIEU,
Pierre (1999) «Une Révolution Conservatrice dans l’Édition», Actes de
la Recherche en Sciences Sociales, Março, Paris, Seuil.
LISBOA, Eugénio
(1986 [1976]) José Régio, a Obra e o Homem, Lisboa, Publicações Dom
Quixote.
LISBOA, Eugénio
(1996 [1973, 1975]) Crónica dos Anos da Peste, Lisboa, INCM.
LISBOA, Eugénio (2007) «Não Matem o Editor: Ele Está a Fazer o Melhor que
Sabe», Ofícios do Livro, Universidade de Aveiro.
LISBOA, Eugénio (2009) Indícios de Oiro II, Lisboa, INCM.
LISBOA, Eugénio (2012) Acta est Fabula. Memórias I - Lourenço Marques (1930-1947),
Guimarães, Opera Omnia.
LISBOA, Eugénio (2012b) «Os Juros do Talento», JL Jornal de Letras,
Artes e Ideias, 21 de Março.
MARTINS, Jorge
Manuel (1999) Marketing do Livro. Materiais para uma Sociologia do
Editor Português, Oeiras, Celta.
MARTINS, Jorge Manuel (2005) Profissões do Livro. Editores e Gráficos,
Críticos e Livreiros, Lisboa, Verbo.
MARTINS, Otília Pires / ALMEIDA, Onésimo Teotónio de (org.) (2011) Eugénio
Lisboa: Vário, Intrépido e Fecundo: Uma Homenagem, Guimarães, Opera Omnia.
[1] Jorge Manuel
Martins. Natural de Lisboa, doutorado em Sociologia da Comunicação e da Cultura
pelo ISCTE, membro da Academia Portuguesa da História. Professor universitário
e consultor de empresas, foi membro da Comissão Nacional da UNESCO e presidente
do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas. É autor de Marketing
do Livro (1999), Patrimónios Mundiais com Selo Português (2003), Profissões do Livro (2005) e de vários volumes da série anual Portugal em Selos.